segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ao pretenso amor

Esta carta é para ti, ingrato.

Na minha estrada tortuosa, a tua presença é desejada com a mais intensa infantilidade e repudiada com as mais frívolas desculpas. Sendo quem tu és, torpe delírio de minh'alma pagã, te expulso ao menor sinal de intimidade, como ao cão inoportuno que lambe-me o dedo podre.

Minha fria carne foi outrora aconchego do teu instinto parasita. Hoje, imploro tua repulsa desesperadamente, fingindo não crer-te companheiro e confidente, jurando pragas que me corroem para além do álcool que me suicida cotidianamente.

Dito isto, afasta-te deste pedaço de carne putrefato e indesejado, que comigo não há caminho a seguir. Comigo as noites são de entorpecentes sorrisos falsos, regados ao deleite de vinho e donzelas não tão donzelas assim.

Ao meu lado te quero uma vez mais, porque comigo é o teu lugar.

3 comentários:

Marina Aubasi disse...

" Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho. "

Poxa , " com esse tamanho " ninguém que valha à pena te vê ? Falo baseado nisso : " Ao meu lado te quero uma vez mais, porque comigo é o teu lugar. "

Pireeei pro seu texto !
;P

Katarina Kelly Brito Castro disse...

Q FODA!
Eu sei que não foi um comentário indispensável, mas nunca consigo contextualizar o que acho dos teus textos!
=DDD

John Doe disse...

Sobre as donzelas não tão donzelas assim, creio que você há de concordar. São, definitivamente, as melhores companhias para uma noite de "entorpecentes sorrisos falsos"!