Ela contou que nunca ouviu um 'eu te amo'.
Até aí, nada anormal. Há tantos que o falam por falta do que dizer, outros tantos que omitem por economia no que sentir, que talvez não haja tantos amantes e amores.
Nunca ouviu o que tanto queria e nunca soube que amou ou era amada. É claro que, assim como para uns basta sentir, para outros há resposta nas palavras - e para alguns poucos, nos sussurros e gemidos.
Tentava explicar que não entendia o que havia de errado com ela ou o que fazia de errado com eles.
De tudo tentara e nada ouvira em troca.
Um dia entrou na loja.
Comprou um aparelho para surdez.
Gritou ao vendedor: eu te amo!
Ele simplesmente respondeu: eu também.
O veneno de Naja e sua filha Najinha
-
Em uma floresta exuberante, chamada Harmonia, onde rios cristalinos
serpenteavam entre árvores centenárias, os animais conviviam em uma paz
construída com ...
Há um dia