quarta-feira, 25 de junho de 2008

À Mais Saudável

"Mãe, você é a mãe mais bonita e saudável do mundo".
Assim eram meus dizeres aos 5 ou 6 anos, num cartão muitissíssimo bem bolado de parabéns pelo Dia das Mães - ou quase assim, pelo que lembro.

Não faço idéia de como veio parar aí o tal "saudável" - de saúde, não de saudade (eu acho).
Talvez fosse o maior preciosismo do meu humilde vocabulário infantil.
Talvez fosse excesso de imaginação, de saudável mãe, você só tem a cara.

O "mais bonita" e o "do mundo" são meros superlativos, clichês de todas as declarações tradicionais, que indicam o valor máximo que pude inserir no contexto. Nessa noção de grandeza, "o mundo" era para mim o cúmulo do ápice do apogeu do superlativismo.
Não sei de onde veio a inspiração, mas o "saudável" deve ter sido a melhor declaração de amor que já fiz, ou ao menos foi a mais marcante, relembrada até hoje entre risos e saudosismo - de saudade, não de saúde.

Minha segunda memorável declaração de amor, clonei-a do seriado do Chaves: "Mamãe querida, meu coração por ti bate, como um caroço de abacate".

Talvez a melhor declaração que eu possa ter feito - auto-creditada por mim mesmo à minha própria autoria - e que apenas repito sempre que posso, é o meu puro e simples "Mãe, você é minha mãe preferida."
Para alguém tão bom em expressar sentimentos, isso já fala mais que centenas de "eu te amo" num rolo de papel higiênico - limpo, de preferência.

Velhinha, parabéns pelo seu aniversário.


Do seu "Bosta Branca".

Nenhum comentário: