sexta-feira, 23 de maio de 2008

Rogai por Nós Pecadores

Venho humildemente inserir-vos (sem maldade) a respeito da descoberta recente da diferença entre dois vocábulos semelhantes, até então para mim sinônimos: farrar e farrear.

Vale ressaltar que a distinção se faz presente apenas em determinadas regiões do Nordeste brasileiro, não sendo encontrada em minhas andanças pela Paraíba, tampouco deve ser unânime dentre os nativos donde foi experimentada.

Derivado do latim farririum (de acordo com minha pouca criatividade), o verbo "farrear" trata de uma diversidade (ou seqüência) de atos, quais sejam, da degustação de iguarias etílicas, da manifestação de alegria e prática do flerte - beber, curtir, raparigar. Da conjugação "eu farreio, tu farreias, nós farreamos", supõe-se que os sujeitos em questão estão a desenvolver o processo também conhecido por ócio produtivo, expressando descontração e sociabilidade com outros membros da mesma espécie.

Igualmente pertencente ao vocabulário latino, o verbo "farrar", originalmente responsável pelas mesmas práticas anteriormente descritas, recentemente observamos tratar-se do ato típico de adoração ao deus Baco, praticado por membros escusos aos preceitos morais existentes, escória indecente, adepta de um estilo de vida boêmio e moralmente questionável, que por nobre causa própria se dedica à arte do que "está na fantasia dos infelizes, no dia-a-dia das meretrizes".

Em suma, dedicar-nos-emos a árduos estudos detalhados e empíricos de tais verbos, uma vez que não adquirimos conhecimento suficiente para publicar um tratado científico respeitável.

Um comentário:

Sidney Andrade disse...

Esse lado Taiguara Aurélio de Fuleragem é bastante interessante.
hehehe