Não há corpo que lhe resista, seja velho ou jovem, seja de rabinho abanando ou olhar carente. Não há físico que lhe escape, nem física que possa explicar por que meio químico seu poder de atração se torna inevitável. Desvendá-la pode ser mistério ímpar, igualável ao por quê dos por quês nunca respondidos.
Ela aprontando das dela e eu aqui sem nada fazer, pensando e repensando o que fazer embora não haja o que se fazer. Idealizo e insisto no pensar, que por ora me apetece, mas que logo mais me entristece e me perturba o sono já escasso e maltrapilho.
De tanto pensar-te sinto conduzir-me em caminhos por vezes sinuosos, atalhos impróprios ou desvios inviáveis, que no mais apenas retardam nosso destino e nosso encontro ao fim da estrada, a ocorrer muito provavelmente em dia e hora igualmente impróprias e inviáveis.
Mas cá estou, minha cara, e contigo uma vez mais espero contar quando nosso dia chegar, que por ti estarei a esperar pois que apenas tu és certa e definitiva a me levar e fazer reencontrar os meus, já entregues aos teus cuidados eternos.